De acordo com a Organização Mundial de Saúde nascem, todos os anos, cerca de 13 milhões de bebés prematuros em todo o Mundo. Em Portugal, a prematuridade representa nove por cento dos nascimentos. Por cá nascem entre 900 a mil bebé com menos de um quilo e meio.
A duração normal de uma gravidez é de 37 a 42 semanas. Quando os bebés nascem antes das 37 semanas de idade gestacional, estamos perante um bebé prematuro ou pré-termo.
O bebé prematuro nasce com uma imaturidade dos seus órgãos e sistemas (respiração, controlo da temperatura, digestão, metabolismo, etc.), o que o torna mais vulnerável a determinadas enfermidades e, também, mais sensível a determinados fatores externos (como a luz e o ruído).
Um bebé prematuro pode ter uma de três classificações, de acordo com a sua idade gestacional:
- Pré-Termo Limiar: que nasce entre as 33 e as 36 semanas de idade gestacional e/ou tem um peso à nascença entre 1500g e 2500g.
- Prematuro Moderado: que nasce entre as 28 e as 32 semanas de idade gestacional e/ou tem um peso à nascença entre 1000g e 2500g.
- Prematuro Extremo: Aquele que nasce antes de ter completado as 28 semanas de idade gestacional e/ou pesa menos de 1000g. Como consequência desta maior imaturidade, é classificado como grande prematuro e apresenta problemas mais frequentes e mais graves.
Características do bebé prematuro
- Tamanho pequeno
- Baixo peso ao nascer
- Pele fina, brilhante e rosada, por vezes coberta por lanugo (penugem fina)
- Veias visíveis sob a pele
- Pouca gordura sob a pele
- Cabelo escasso
- Orelhas finas e moles
- Cabeça grande e desproporcional em relação ao resto do corpo
- Músculos fracos e atividade física reduzida (ao contrário de um lactente de termo, um lactente prematuro tende a não elevar os membros superiores e inferiores)
- Reflexos de sucção e de deglutição fracos ou inexistentes
- Respiração irregular
Dados da Direção Geral de Saúde mostram que um por cento dos bebés, que nasceram entre 2009 e 2012, tinham menos de 1,5 quilos. Dez anos antes – em 1999 – esta taxa rondava os 0,8 por cento, o que significa que a prematuridade tem vindo a aumentar em Portugal.
A idade avançada da mulher, tabagismo, stress, hipertensão, obesidade e diabetes estão entre as principais causas da prematuridade.
Sabe-se que a média de idade da mulher, durante a primeira gravidez, ronda os 31,5 anos. No entanto, há cada vez mais mulheres que são mães depois dos 35 anos - idade a partir da qual aumenta o risco de nascer um prematuro.
Também os tratamentos de fertilidade – que aumenta o risco de gravidez gemelar - contribuem para o aumento do número de bebes pré-termo.
As possibilidades de sobrevivência de um bebé prematuro estão condicionadas pela sua idade gestacional, o peso ao nascer e pela presença de problemas de saúde significativos aquando do seu nascimento.
Hoje em dia, o limiar da viabilidade para um bebé prematuro são 25 semanas e 600 gramas de peso.
Antes disso há 50 por cento de probabilidades de o bebé sofrer alterações graves do desenvolvimento, displasias broncopulmonares, alterações sensoriais graves (como a cegueira ou surdez) e paralisia cerebral.
Na realidade, dados revelam que 10 por cento dos prematuros – que nascem com menos de 32 semanas – sofrem de paralisia cerebral e 25 por cento têm atrasos no desenvolvimento.
IN: atlasdasaude.pt